sexta-feira, 17 de julho de 2009

Terça feira de carnaval, duas da tarde, acordei.
E o estrondo da tempestade que batia
contra as janelas de metal
davam a impressão de
que tudo estava
muito perto
do fim.


Quem me dera.


Mas por via das duvidas,
virei para o lado,
cobri a orelha
e voltei a
dormir.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mais um Dia
 
Apesar de não alimentar falsas esperanças,
de viver condenado às consequências dos meus atos
diante do cotidiano massacre de sonhos e vidas,
de ver um mundo devastado pela dor e pela ganância,
sedento de água, pão e paz, apesar de tudo eu continuo a caminhar.
Não posso desistir hoje sem imaginar que amanhã, quem sabe,
toda essa angustia finalmente encontrará seu fim.
Cristãos pagãos,
socialistas de mercado,
metrossexuais enrustidos,
os meios pelos fins,
o auge da decadência.
Somos a era das contradições.
Todas as paisagens, todas as vistas, todos os caminhos.
Cada rua, trilho, trilha e avenida.
Todos os becos, vielas e desvios,
cada atalho, trecho e passadiço.
Todo e qualquer pedaço de mundo
que um dia eu tenha sentido faz hoje parte de mim.

Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

Mudaram as pessoas e os nomes,
as fardas, as tropas e os comandantes,
os presos, os mortos e os motivos...
os motivos mudaram? não foi sempre por poder?